Friday, January 27, 2012

Desabamento no Centro do RJ





Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo o Corpo de Bombeiros, 14 pessoas morreram no acidente. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite da tragédia na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.


Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.

Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. O governo do Estado decretou luto. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.


Os bombeiros estão trabalhando em turnos de 12 horas e, segundo a Defesa Civil, nenhum trabalhador sofreu ferimentos durante o resgate. Pedaços do prédio de 20 andares ainda estão deitados sobre o edifício ao lado, e os militares são cautelosos para que não ocorra um novo desabamento.

Não há previsão de término dos trabalhos. Segundo Simões, todos os prédios do entorno foram vistoriados e não sofreram danos estruturais, mas permanecerão interditados até o fim das operações.

Mais cedo, o Corpo de Bombeiros havia confirmado a localização de seis vítimas, três pela manhã e outros três à tarde. Nesta manhã, foi sepultado no Cemitério do Marauí, em Niterói (RJ), o corpo de Celso Renato Braga Cabral, 44 anos, uma das vítimas fatais. Segundo a Polícia Civil, além de Celso, também foi identificado Cornélio Ribeiro Lopes, 73 anos. Parentes também identificaram o corpo de Margarida Vieira de Carvalho, Nilson de Assunção Ferreira e Alessandra Alves Lima. Os outros corpos ainda não foram identificados.


A 14ª vítima fatal do desabamento de três prédios no centro histórico do Rio de Janeiro foi encontrada por volta das 19h40 desta sexta-feira, no subsolo do edifício de 20 andares, espaço até então desconhecido pelos resgatistas. O Secretário de Defesa Civil do Rio de Janeiro, Sérgio Simões, confirmou mais cedo a retirada dos escombros da 13ª vítima. Segundo o coronel do Corpo de Bombeiros, o corpo estava bastante avariado e acabou levado junto a entulhos para o depósito municipal, onde foi identificado por funcionários da Comlurb. O cadáver seria de uma mulher, a sexta a ser encontrada sem vida no local.

Perguntado se considerava um erro o fato de uma vítima ter sido levada por engano para o depósito, Simões respondeu que não, embora não descarte novos casos. No fim da tarde começou a chover muito forte no centro da capital fluminense. "Só vamos parar a operação quando todo o entulho tiver sido retirado", garantiu Simões, segundo o qual os integrantes de um grupo que passava por treinamento em uma sala de aula têm sido encontrados perto de onde ficava uma escada, o que indicaria que eles tiveram um tempo de reação antes de o edifício cair.



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