Monday, January 17, 2011

Saiba como fazer doações para as vítimas das chuvas no Rio



O governo do Estado e as prefeituras de cidades atingidas pelas chuvas na região serrana do Rio estão recebendo doações em dinheiro e de materiais diversos. Mais de 600 pessoas já morreram nas cinco cidades afetadas.

A Prefeitura de Teresópolis abriu uma conta bancária para receber as doações. A conta, do Banco do Brasil, aceita depósitos de qualquer valor. O número da agência é 0741-2 e o número da conta é 110000-9.

Doações de alimentos, roupas, cobertores, colchonetes e itens de higiene pessoal (sabonete, pasta dental, fralda descartável, absorvente) podem ser entregues no ginásio Pedro Jahara ("Pedrão"), à rua Tenente Luiz Meirelles, 211, centro.

O local também recebe famílias desabrigadas pelo temporal, e uma estrutura emergencial está sendo montada, com tendas e banheiros públicos.

Em Petrópolis, a Secretaria de Trabalho, Ação Social e Cidadania montou dois postos para doações de água, colchonetes e materiais de limpeza e higiene na região de Itaipava.

Um deles fica na Igreja Wesleyana, no vale do Cuiabá, e outro na Igreja de Santa Luzia, na estrada das Arcas. Um terceiro posto foi montado na sede da secretaria, no centro da cidade, na rua Aureliano Coutinho, 81.

A Secretaria de Governo também está recebendo doações de qualquer tipo de para as vítimas das chuvas. O governo alerta que água mineral e leite em pó são alguns dos itens mais necessitados na região, devido ao grande número de crianças desabrigadas.

Todos os batalhões da Polícia Militar e quartéis do Corpo de Bombeiros do Rio e do Estado de São Paulo também estão recebendo doações.

A Secretaria de Assistência Social montou postos de doações na capital e nas cidades afetadas: rua Voluntários da Pátria, 120, Botafogo, no Rio; rua General Castrioto, 589, Barreto, em Niterói; rua General Osório, 12, centro de Petrópolis; estrada União Indústria, 11.850, Itaipava; rua Josafá Cupelo, 390, Fátima, em Teresópolis; avenida Julius Antônio Thuller, 480, Olaria, em Nova Friburgo.

A ONG Viva Rio também realiza campanha de arrecadação de roupas e alimentos para a região serrana. As doações podem ser feitas na sede da ONG na cidade do Rio, na rua do Russel, 76, Glória. Mais informações pelo 0/xx/21/2555-3750.

A Polícia Rodoviária Federal no Rio está colaborando no atendimento às vítimas. Todos os postos, delegacias e a sede da corporação estão recebendo doações --são cerca de 25 locais ao longo dos 1.400 km de rodovias federais no Estado.

Quem quiser colaborar pode ligar para o telefone 191 e se informar sobre o ponto mais próximo. Os donativos serão repassados à Cruz Vermelha Brasileira, que vai fazer a triagem e distribuição dos mantimentos.

Na BR-101, há 14 postos para recebimento de doações entre Niterói e a divisa com o Espírito Santo. Os locais recebem doações de água mineral e alimentos não-perecíveis.


O Ministério Público do Rio também está recebendo doações, que serão encaminhadas à Defesa Civil estadual. As doações são aceitas na sede da instituição, à avenida Marechal Câmara, 370, no centro do Rio. O local funciona das 10h às 17h, de segunda a sexta-feira.

A Defesa Civil de Angra dos Reis, cidade fluminense arrasada por deslizamentos no início de 2010, vai montar dois postos de arrecadação no centro: na Casa Laranjeiras, em frente à praça Zumbi dos Palmares; e na praça Codrato de Vilhena. As equipes estarão nos pontos das 9h às 16h30.

"É um momento de nos solidarizar com essas cidades que enfrentam a dor da perda de seus cidadãos e de seus bens materiais. Nós já passamos por isso, e a ajuda de todos foi imprescindível para a retomada de nossas vidas", afirmou o secretário de governo, Alexandre Soares.

Nas lojas do grupo Pão de Açúcar na Grande São Paulo e no Rio foram montados postos de coleta de arrecadação de donativos às vítimas dos dois Estados. São 330 estabelecimentos das redes Pão de Açúcar, CompreBem, Extra e Assaí que recebem alimentos, roupas e cobertores até o dia 26 de janeiro.

A Federação Israelita do Rio montou três postos de arrecadação na capital fluminense: rua Barata Ribeiro, 489, Copacabana; rua das Laranjeiras, 364, Laranjeiras; e rua São Francisco Xavier, 104, Tijuca.

O Itaú Unibanco abriu uma conta para receber doações para o Fundo de Assistência Social do Rio. A conta aceita depósitos de qualquer valor. O número da agência é 5673, e o da conta é 00594-7. O CNPJ do fundo é 02932524/0001-46.

As agências do banco no Rio também recebem roupas, cobertores, materiais de limpeza e higiene, água e alimentos.

O Bradesco também abriu uma conta, em nome da Obra Social do Rio, para receber doações. Os dados da conta são: agência 3176-3, conta 500001-7.

A Caixa Econômica Federal abriu uma conta para a Defesa Civil estadual. As doações, destinados ao atendimento dos moradores da região serrana, podem ser feitas na conta 2011-0, agência 0199, operação 006.

Os interessados em fazer doações também podem consultar o mapa feito pelo governo do Rio com o endereço de todos os locais que recebem donativos, dos hospitais de campanha e coleta de sangue e de cadastramento de voluntários.

Diversos atletas também estão ajudando. A dupla de vôlei de praia Alison e Emanuel prometeu transformar cada ponto conquistado no Circuito Brasileiro em dois litros de água para doação. Zico afirmou que vai doar R$ 50 mil arrecadados no Jogo das Estrelas.

Já o ex-tenista Gustavo Kuerten prometeu doar R$ 25 mil que ganhou no pôquer e abriu uma conta no Banco do Brasil para receber doações para a Apae de Nova Friburgo. O número da agência é 1453-2, e da conta é 18455-1.

SANGUE

O Hemorio, órgão da Secretaria de Saúde, precisa de cerca de 300 bolsas de sangue para as vítimas das chuvas no Rio de Janeiro. Esse número pode aumentar dependendo da demanda dos hospitais locais.

Por problemas de infraestrutura, falta de luz e bloqueio das estradas, os postos de coletas nas três cidades da região serrana não estão funcionando.

Para doar sangue é preciso ter entre 18 e 65 anos de idade, pesar mais de 50 quilos, estar bem de saúde e levar um documento oficial de identidade com foto.

A população pode comparecer ao hemocentro (r. Frei Caneca, 8, região central), das 7h às 18h, ou em um dos 26 postos de coleta de sangue no Estado. Para informações sobre endereços e horários basta ligar no 0800-282-0708.

SÃO PAULO

A Cruz Vermelha Brasileira está recebendo doações de alimentos e itens de higiene e limpeza para os atingidos pelas chuvas no Estado de São Paulo.

Desde o início da operação Verão, em dezembro, a Defesa Civil estadual contabiliza 854 pessoas desabrigadas (dependem de abrigos públicos) e 6.586 desalojadas (acomodados na casa de amigos e parentes). As chuvas já provocaram a morte de 23 pessoas --14 morreram em decorrência dos temporais desta segunda-feira (10).

As prioridades de doações são alimentos não perecíveis e de fácil preparação, como leite longa vida, e produtos de higiene como sabão em pedra, fraldas descartáveis e papel higiênico.

As doações podem ser entregues na sede da Cruz Vermelha de São Paulo, localizada na avenida Moreira Guimarães, 699, Indianópolis (próximo ao aeroporto de Congonhas). O local funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

Mais informações pelo telefone 0/xx/11/5056-8667 ou e-mail voluntariado@cvbsp.org.br.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/860568-saiba-como-fazer-doacoes-para-as-vitimas-das-chuvas-no-rio.shtml

Sobe para 643 número de mortos pelas chuvas na Região Serrana



Hoje às 12h08

Jornal do Brasil

Ainda segundo a Defesa Civil e as prefeituras, são 8.120 desalojados e 5.970 desabrigados nas três cidades mais afetadas, sendo 3,6 mil e 2,8 mil, respectivamente, em Petrópolis; 1,3 mil e 1,2 mil em Teresópolis; e 3.220 e 1.970 em Nova Friburgo.

Em Teresópolis, 235 corpos já foram identificados e liberados pela Defensoria Pública, mediante iniciais para sepultamento. Até as 18h de sábado, a Central de Cadastro de Desaparecidos havia recebido a reclamação de que 88 pessoas ainda estariam desaparecidas.

A prefeitura da cidade decidiu que os corpos de vítimas da enchente que ainda não foram identificados no Instituto Médico Legal (IML) serão enterrados imediatamente, com coleta de material genético para uma identificação posterior ao sepultamento.

Segundo a decisão, tomada no sábado pelo juiz José Ricardo de Aguiar, as covas em que os corpos forem enterrados devem estar localizadas em área "bem definida e identificável", ficando o respectivo cemitério responsável por um arquivo de cada sepultura.


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Gabinetes de controle

Os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis receberam neste domingo gabinetes de controle operacional para coordenar os esforços de resgate e recuperação das áreas destruídas. O anúncio foi feito pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general José Elito Carvalho Siqueira, após reunião com o prefeito de Teresópolis, Jorge Mário (PT).

Uma das primeiras ações do gabinete é criar um controle do espaço aéreo para coordenar os sobrevoos de helicóptero, devido ao grande número de aeronaves que estão transitando por esses locais. "Como estamos aqui com uma dezena de helicópteros, fora os que eventualmente vêm, como os da imprensa, os corredores de aeronaves têm que ser estabelecidos para evitarmos um acidente desnecessário. Esse plano vem desde as autorizações para a vinda de aeronaves no Rio de Janeiro, com os corredores marcados, até aqui em cima, com orientações sobre aproximação e saída da cidade", disse José Elito.

Ex-prefeito

O corpo do ex-prefeito de Nova Friburgo Paulo Azevedo foi encontrado neste domingo em seu sítio. A propriedade foi uma das atingidas por deslizamentos de terra durante a semana. Na quinta-feira, autoridades haviam confirmado que Azevedo e o filho Mateus morreram durante o temporal que causou a tragédia na região, na madrugada de quarta. Segundo a Defesa Civil, a residência onde ambos estavam foi coberta por pedras e lama.

Novo deslizamento

Na madrugada de hoje, o município de Petrópolis registrou um novo deslizamento de terra, que deixou mais duas pessoas mortas e ao menos uma desaparecida. O acidente ocorreu em uma área rural conhecida como Brejal, no distrito de Itaipava. Desde o início da última semana o local está ilhado, com várias pessoas isoladas.

http://www.jb.com.br/tragedia-na-serra/noticias/2011/01/17/sobe-para-643-numero-de-mortos-pelas-chuvas-na-regiao-serrana/

Chuvas na região Serrana



13/01/2011 21h22 - Atualizado em 13/01/2011 23h37

A chuva na Região Serrana do RJ, que provocou 506 mortes, já é considerada a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram.

Segundo os últimos levantamentos das prefeituras de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e Sumidouro, e da Polícia Civil, o total de mortos na Região Serrana chega a pelo menos 506.

Às 22h10, a prefeitura de Teresópolis, informou que o número de mortos na cidade subiu para 223. Em Nova Friburgo, o número subiu para 225, segundo o coordenador da Defesa Civil do município, coronel Roberto Robadey. Em Sumidouro, a prefeitura confirmou um total de 19 mortos. Já em Petrópolis, a prefeitura divulgou que o total de mortos chega a 39 mortos. A Polícia Civil informou que 470 corpos já foram identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal).

De acordo com especialistas, a explicação para a repetição de tragédias no RJ é a falta de controle e planejamento no crescimento das cidades. O relevo das cidades serranas funciona como uma barreira que impede a passagem das nuvens. Concentradas, elas provocam muita chuva numa única área. A parte alta das montanhas é um terreno muito inclinado e a vegetação cresce sobre uma camada fina de terra. A água da chuva vai penetrando no solo, que fica encharcado e se descola da pedra. O volume de terra desce como uma grande avalanche, devastando o que encontra pela frente.

No ano passado, de janeiro a abril, o estado do Rio de Janeiro teve 283 mortes, sendo 53 em Angra dos Reis e Ilha Grande, na virada do ano, 166 em Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba, e 64 no Rio e outras cidades atingidas por temporais em abril. Em SP, durante o primeiro trimestte de 2010, quando a chuva destruiu São Luiz do Paraitinga e prejudicou outras 107 cidades, houve 78 mortes. Os números da Região Serrana do RJ superam ainda os de 2008 em Santa Catarina, com 135 mortes.

Dilma sobrevoa Região Serrana

Após sobrevoar a Região Serrana do Rio nesta quinta-feira (13), a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral falaram sobre os trabalhos de resgate e reconstrução nas áreas atingidas pela chuva.

“É de fato um momento muito dramático. As cenas são muito fortes. É visível o sofrimento das pessoas. O risco é muito grande”, disse Dilma.

Sobre a prevenção de deslizamentos, Dilma disse que a questão é de ocupação adequada do solo.

Nova Friburgo

Dois corpos foram achados nos escombros da Rua Luís Spinelli, no Centro de Nova Friburgo, após a retomada das buscas no fim da tarde desta quinta-feira (13), com a trégua da chuva. Um deles é o do sargento do 6º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM), Marcos Antônio Werly da Conceição, o último dos três bombeiros que foram soterrados na quarta (12), durante as buscas por vítimas das chuvas.

Mais cedo, outro corpo já havia sido resgatado do mesmo local, e a Defesa Civil de Nova Friburgo chegou a suspender as buscas no local, após o reinício da chuva, por medida de segurança, mas o resgate foi retomado.

O ex-prefeito de Nova Friburgo, Paulo Azevedo, e o filho Mateus estão entre os desaparecidos depois da chuva. Desde a manhã dezenas de pessoas formam uma fila em frente ao ginásio Celso Peçanha da escola estadual de Nova Friburgo, em busca de informações de amigos e parentes desaparecidos no temporal.

Um comboio da Marinha segue para montar o hospital de campanha que atenderá a vítimas das chuvas na cidade. Desde quarta-feira (12) um grupo avançado já estava na cidade para avaliar o melhor local para instalar o serviço.

O acesso à Região Serrana ainda é complicado nesta quinta-feira.

Teresópolis

Familiares das vítimas da chuva que atingiu Teresópolis reuniram-se na tarde desta quinta-feira para os enterros dos corpos. O Cemitério municipal Carlinda Berlim ficou lotado e, segundo os responsáveis pelo local, a expectativa era de que 145 pessoas fossem enterradas lá. Novas covas individuais precisaram ser abertas para receber os mortos.

A prefeitura designou dois abrigos para receber desabrigados: o Ginásio Pedrão, no Centro de Teresópolis, com capacidade para 800 pessoas, e um galpão no Bairro Meudon, onde podem ser alojadas 400 pessoas. O prefeito decretou luto oficial na cidade.

Começou a funcionar, na manhã desta quinta, o Hospital de Campanha do Corpo de Bombeiros, que foi montado na cidade. Ele fica próximo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e da prefeitura local, e vai ajudar no atendimento às vítimas das chuvas na região.

O secretário de Defesa Civil de Teresópolis, Flávio Luiz Castro, afirmou na tarde desta quinta que as regiões mais atingidas por desabamentos e deslizamentos não eram “áreas prioritárias de risco”. De acordo com o secretário, a prefeitura tem um plano que analisa regiões de risco, e afirmou que os bairros afetados não estavam nessa lista.

Petrópolis

As equipes que trabalham no resgate às vítimas das chuvas no Vale do Cuiabá, em Itaipava, distrito de Petrópolis, encontraram, nesta quinta, 26 pessoas que estavam isoladas e incomunicáveis.

De acordo com a prefeitura de Petrópolis, elas foram localizadas pouco antes das 14h nas regiões conhecidas como Alto Cavalo e Santa Rita, locais com o maior grau de dificuldade de acesso. Segundo a Defesa Civil, nenhum óbito foi registrado no local.

Segundo a Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac), já foram encaminhados alimentos, água, material higiênico, entre outros para o auxílio das vítimas.

O tenente-coronel Geraldino, do Corpo de Bombeiros de Itaipava, informou que as buscas são prejudicadas nos locais mais acidentados e sem iluminação, mas o comando da unidade informou que o resgate não se encerrará totalmente no começo da noite, já que ainda há informações de pessoas vivas que estão em áreas isoladas.

A Prefeitura de Petrópolis já recolheu 15 toneladas de alimentos não perecíveis para ajudar as vítimas da chuva da cidade. Foram recolhidos ainda cerca de mil colchonetes, 5 mil litros de água, 10 toneladas de roupa, além de 3 mil rodos e 3 mil vassouras.

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/chuvas-no-rj/noticia/2011/01/chuva-na-regiao-serrana-e-maior-tragedia-climatica-da-historia-do-pais.html