Sunday, November 22, 2009

Turismo em Nova Iguaçú



Para quem pensava que Nova Iguaçú era só mais um bairro lá onde " o gato perdeu as botas", onde não tem história, mas só mais um bairro de beira-estrada e etc, esta enganado. Este bairro tem história, é o que vou contar nesse post.



Nascimento do bairro

O Município de Iguassú foi criado a 15 de janeiro de 1833 com sua sede instalada às margens do rio que lhe deu o nome. Ao progresso, deve ser creditado à abertura da Estrada Real do Comércio, primeira via aberta no Brasil para o escoamento do café do interior do país. Em 1891, passa a ser chamada de Iguassú Velha. Neste ano, a sede do município foi transferida para o arraial de Maxambomba. Em 1916, Maxambomba passa a ser chamada de Nova Iguaçu.


Turismo em N. Iguaçú


Nós sabemos que quando o assunto é turismo no Rio de Janeiro a primeira imagem que vem à cabeça são os locais mais conhecidos: Cristo Redentor, Pão de Açúcar, Floresta da Tijuca, Maracanã etc. No entanto, um polo está em pleno crescimento no Estado do Rio de Janeiro, com ótima oferta de passeios e aventuras para todas as idades: Nova Iguaçu. Um dos maiores da Baixada Fluminense, o município tem pontos de interesse turístico, cultural e histórico que agradam os amantes de esportes radicais e também àqueles que gostam de paz, tranquilidade, caminhadas ecológicas e construções históricas, além de atividades de lazer ao ar livre e boa gastronomia.
No entanto, conhecer todos os pontos turísticos de Nova Iguaçu requer tempo e muita disposição. Uma das principais atrações é um vulcão de aproximadamente 40 milhões de anos que ali descansa inofensivamente. Considerado o único vulcão em território brasileiro, extinto e ainda preservado, o local atrai não só estudantes e profissionais interessados em pesquisas do solo daquela área, como também um grande número de esportistas. A cratera foi descoberta no final da década de 70 pelos geólogos André Calixto Vieira e Victor Klein. Segundo Vieira, o que aconteceu na região foi o surgimento de um patrimônio geológico de imensurável valor científico.
"Existem no Brasil outras evidências de vulcanismo ocorridas durante a configuração atual da Terra, mas pouca coisa foi poupada da erosão. O vulcão de Nova Iguaçu é uma raridade, pois é o único preservado das intempéries. Precisamos preservar e entender como ele se formou, entrou em erupção, e estudar seu papel no processo de formação da crosta terrestre", afirmou.
Chegar à cratera do vulcão, por si só, já é um atrativo e tanto. Para o visitante que estiver a fim de conhecê-la, vai o aviso: não esquecer de levar muita água e usar roupas leves. A partir da entrada do Parque Municipal de Nova Iguaçu e ao longo das duas horas de caminhada o visitante verá, às margens das trilhas na montanha, cachoeiras, nascentes, pequenos lagos e as ruínas de belas construções do século 19, como a sede de uma fazenda que abrigava plantações de café e carvoarias. Mas é a descida pelas inúmeras encostas e paredões de pedra que têm levado um contingente cada vez maior de desportistas a descobrir não só a beleza da paisagem como a adrenalina de se ver pendurado por uma corda a uma boa altura, com o coração a mil por hora.
A Serra do Vulcão, como ficou popularmente conhecida a Serra de Madureira, tem diversas trilhas e atrai adeptos de esportes radicais. A 600 metros de altura há duas rampas para prática de parapente e asa delta. Do alto, em dias de sol e céu claro, é possível ter uma visão panorâmica de Nova Iguaçu e avistar a Serra do Tinguá, a praia da Barra da Tijuca, parte do bairro carioca de Campo Grande e até mesmo, com a ajuda de binóculos, o Cristo Redentor. Segundo André Calixto Vieira, a cratera do vulcão está praticamente intacta e o depósito de material associado à erupção vulcânica também. Este é o motivo da sua preservação e existe a necessidade de uma ação para seu tombamento como monumento natural.
A cratera do vulcão está localizada no Parque Municipal de Nova Iguaçu, o primeiro geoparque do Estado de Rio de Janeiro, que faz parte da APA (Área de Proteção Ambiental) do Gericinó-Mendanha, considerada Reserva da Biosfera pela Unesco desde 1996. Além de ser uma área remanescente da Mata Atlântica, o parque abriga valores históricos e culturais, como a sede da Fazenda Dona Eugênia, conhecida atualmente como Casarão, construída no final do século 19; as ruínas do Cassino Dom Felipe, que funcionou até meados da década de 1960 e que já indicava a vocação da área para lazer na natureza; e o Quilombo, área de ocupação quilombola perto da pedra da Contenda.
"A diversidade de oportunidades de lazer proporcionadas pelos poços e cachoeiras do Rio Dona Eugênia e pelas trilhas em seus vales e grotões marcam duas estações bem definidas: no verão, com as altas temperaturas, o maior afluxo de visitantes se concentra nos banhos e caminhadas matinais. No inverno, com as temperaturas mais amenas, o forte são as caminhadas pelas trilhas", afirmou Karoline Nascimento, bióloga e estagiária do Parque.
Outra atração do local é a Pedreira São José, de sienito (uma rocha magmática), que teve sua lavra desativada há muitos anos. Ela fica a 158 metros de altitude, a 200 metros de distância da guarita de entrada do parque, seguindo a Estrada da Cachoeira, margeando o rio Dona Eugênia. A pedreira serve como um amplo espaço multiuso onde são realizadas atividades físicas, de educação ambiental e de observação de pássaros.

Serra do Tinguá e suas belezas naturais





Partindo em direção ao sul do município encontramos a região da Serra do Tinguá, onde nasce o Rio Iguaçu, um lugar pacato, acolhedor e com uma natureza privilegiada. Durante a segunda metade do século 19 foram construídas na área várias represas, para o abastecimento de água para o Rio de Janeiro, e a Ferrovia Rio do Ouro, que corta a região e foi implantada para manutenção dos aquedutos.







Do centro de Nova Iguaçu até o Tinguá são aproximadamente 20 km. Ao longo da RJ-111, mais conhecida como Estrada Zumbi dos Palmares, é possível ver as ruínas de alguns edifícios históricos, como a Fazenda São Bernardino, construída em estilo neoclássico em 1875, da qual sobrou quase nada. Por caminhos de terra chega-se à Igreja de Nossa Senhora da Piedade e aos cemitérios dos nobres e dos plebeus. Da igreja que ali existia resta apenas uma torre sineira. Era também nos arredores do Tinguá que estava localizado o Porto da Vila de Iguaçu, por onde escoava a produção das fazendas locais, na maioria citricultoras e cafeicultoras.
Ao longo do caminho é possível descobrir propriedades que têm investido no turismo ecológico, como o Refúgio Eco Tinguá, uma pousada com programação de eco turismo na qual são ministrados cursos de formação profissional e geração de renda, além de atividades de integração comunitária e educação ambiental para jovens da Baixada Fluminense. Parte da área da pousada faz parte de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), bem próxima à Reserva Biológica do Tinguá. Os visitantes têm a opção de passar o dia desfrutando de pescarias, banhos de piscina ou em lago natural, passeios a cavalo e de bicicleta, e conhecer cachoeiras e o entorno da Reserva Biológica do Tinguá.
Criada em maio de 1989, a Reserva é um dos lugares mais bonitos da Baixada Fluminense, abrangendo os municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Petrópolis e Miguel Pereira. Considerada uma das áreas remanescentes de Mata Atlântica mais representativas do Estado, a reserva tem rios, corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais, além de ruínas dos séculos 18 e 19.O local é um importante laboratório natural para o desenvolvimento de pesquisas sobre a biodiversidade e tem ainda grande relevância como área estratégica.
A reserva foi criada para proteger uma amostra representativa da Floresta Atlântica e demais recursos naturais. Hoje em dia, proporciona o desenvolvimento de pesquisas científicas e educação ambiental. Espécies como jequitibás, sapucaias, jatobás e quaresmeiras são abundantes, bem como orquídeas e bromélias. A parte mais alta da reserva atinge 1.600 metros de altitude, sendo possível avistá-la de todo o município.
No seu interior, em local não aberto à visitação pública, encontram-se as ruínas da Freguesia de Santana das Palmeiras, povoação que foi abandonada no final do século 19. Hoje, a reserva está fortemente ameaçada por caçadores de animais silvestres, que vendem sua carne ou os capturam para exportação. Embora o acesso do público seja proibido, é possível ao turista conhecer o entorno da reserva, que conta com Mata Atlântica preservada, rios, corredeiras, cachoeiras, piscinas naturais e ruínas dos séculos 18 e 19.
Segundo o guia Chico Pinheiro, profundo conhecedor da região organizador de roteiros turísticos, Nova Iguaçu tem um forte potencial turístico que pode se fortalecer daqui por diante. "O município tem muito mais a oferecer do que apenas a Serra do Vulcão e a Serra de Tinguá. Aqui há ótimas áreas para turistas ligados a esportes de aventura, como trekking e rapel, entre outros, além de muita gastronomia, cultura e passeios ecológicos", afirmou. A esse respeito, a unidade de Nova Iguaçu do SESC Rio promove grupos de caminhadas ecológicas monitoradas no entorno da reserva, além de outros roteiros turísticos pelo município.
Se ainda faltavam motivos para visitar Nova Iguaçu e descobrir os atrativos da região, uma boa ocasião para agendar passeios e caminhadas pode ser o dia 30 deste mês, quando é comemorado o Dia da Baixada. A data se refere à inauguração da primeira estrada de ferro construída no Brasil, em 1854, que ligava o Porto de Mauá à região de Fragoso, no pé da Serra de Petrópolis, e seu principal objetivo é celebrar a potencialidade e os valores naturais, culturais e econômicos, humanos da região.

O que visitar em Nova Iguaçu ?


Serra do Vulcão

Acesso por uma trilha a partir do campus da Universidade de Nova Iguaçu. Apesar do nome, a crosta não é de origem vulcânica, mas sim de traquito, uma rocha magmática. Localizada a 885 metros acima do nível do mar, a área é favorável a vôo livre de asa delta.
Parque Municipal de Nova IguaçuPrimeiro geoparque do Estado de Rio de Janeiro. Sua sede fica no vale do rio Dona Eugênia. Abriga pontos de valor ecológico, histórico e cultural, além de locais representativos da história geológica da região.

Fazenda São Bernardino





Localizada na Estrada São Bernardino, próxima à Reserva Biológica, data de 1875. Produzia café, açúcar, aguardente e farinha de mandioca, extraía madeira e exportava carvão. Tombada pelo Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1951, hoje em ruínas, devido a um incêndio.


Igreja de Santo Antônio de Jacutinga



Localizada no centro de Nova Iguaçu, na Avenida Getúlio de Moura, data do século 19. É a antiga Matriz de Santo Antônio da Aldeia dos Jacutingas.







Igreja de Nossa Senhora do Marapicu

Foi construída no século 18, na antiga Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, e foi chamada primeiro de Orago de Mariapicu.



Torre Sineira da Igreja de Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu


Da capela, construída em 1699, restaram a torre sineira e as ruínas. No mesmo local existe o antigo cemitério dos escravos da Freguesia da Piedade do Iguaçu, ainda sendo utilizado, e o cemitério dos nobres, desativado e em ruínas.

Porto da Piedade do Iguaçu

No século 17, faluas e chalanas escoavam a produção agrícola e o ouro que ali eram embarcados. Localizado no início da Estrada do Comércio, o porto ocupa terras do Sítio Arqueológico de Vila do Iguaçu.

Serra do Tinguá

Em uma de suas abas nasce o rio Iguaçu. Durante o Segundo Reinado foram construídas represas para o abastecimento da corte, na cidade do Rio de Janeiro. A ferrovia Rio do Ouro foi construída para a manutenção dos aquedutos. A partir daí, a Mata Atlântica foi sendo reconstituída naturalmente. Abriga a Reserva Biológica do Tinguá.
Praça do Skate

Apesar das modernas pistas da Via Light terem a preferência dos praticantes, a antiga pista, em frente ao viaduto Padre João Müsch, tem sua importância por ter sido a primeira pista de skate da América Latina.

Morro do Cruzeiro

Localizado na parte da Serra de Madureira, de frente para a cidade, possui um mirante de onde é possível ver grande parte do território de Nova Iguaçu. Ainda é utilizado para procissões e ponto de encontro dos que gostam de curtir a natureza.


Fontes:

http ://www.achetudoeregiao.com.br/RJ/nova_iguacu/historia.htm






Revista SESC Rio - Abril/2009
http://www.sescrio.org.br/data/Pages/LUMISEBDF2120ITEMID4653807DA46040D09805B5EF7A6BE057PTBRIE.htm

Saturday, November 7, 2009

Inquisição no Brasil/ RJ



Inquisição no Brasil

No Brasil, a expansão do catolicismo foi marcada pela ação dos jesuítas junto às populações nativas. Contudo, não podemos deixar de levar em conta que, sendo lugar de encontro de várias culturas, o território brasileiro se tornou próprio para a prática de rituais e outras manifestações que iam contra os preceitos católicos. Muitas vezes, recorrendo aos saberes dos indígenas ou dos escravos africanos, os professos católicos se desviavam de seus dogmas.

Em vários documentos de época, possuímos o registro de algumas situações onde homens e mulheres apelavam para os saberes místicos de alguns feiticeiros. Geralmente, essa opção era ativada quando os remédios e ações litúrgicas cristãs não surtiam o esperado efeito em alguém que sofria com alguma enfermidade física ou emocional. Muitas vezes, até mesmo alguns padres eram denunciados aos seus superiores por recomendar a ação desse tipo de prática religiosa. Para frear esse costume, os dirigentes da Igreja fizeram o requerimento das chamadas visitações do Tribunal do Santo Oficio. Essa instituição, criada nos fins da Idade Média, tinha por função combater qualquer tipo de manifestação que representasse uma ameaça contra a hegemonia dogmática católica.

Em 1591, o clérigo Heitor Furtado Mendonça foi o primeiro a estabelecer essas visitações que investigavam os casos de heresia ocorridos no Brasil. As denúncias pelas práticas heréticas surgiam das mais variadas formas. Qualquer delação sem provas ou dedução precipitada bastava para que as autoridades retirassem o acusado de seu lar para responder ao processo. No momento em que chegava a uma localidade, para facilitar o acesso aos suspeitos, o inquisidor anunciava nas praças e igrejas os tais “editos de fé”, que era uma espécie de documento oficial onde o clérigo declarava os pecados que poderiam ser denunciados. Após ser preso pelas autoridades, o acusado passava por uma série de torturas que tinham como principal função obter a confissão do herege. Uma das punições mais comuns utilizadas era cortar a planta dos pés do acusado e, depois de untá-los com manteiga, expor as feridas em um braseiro. Contudo, antes que uma sessão de tortura fosse iniciada, um médico realizava uma avaliação prévia para que as limitações físicas do indivíduo fossem levadas em conta. Somente quando alguém não confessava os pecados denunciados é que a morte na fogueira era utilizada.

Sendo um instrumento de forte natureza coercitiva, os membros do Tribunal da Inquisição acreditavam que a humilhação pública era um instrumento de combate bem mais eficiente que a morte. A grande maioria das perseguições do Santo Ofício ocorreu na segunda metade do século XVIII. Ao todo, cerca de 500 pessoas foram denunciadas no Brasil, sendo a maioria acusada de disseminar o judaísmo.

http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/inquisicao-no-brasil.htm


A INQUISIÇÃO ENTRE OS CARIOCAS

Como a Igreja agiu na repressão aos hereges do Ri
Léa Vinocur Freitag *

O tema Inquisição tem estado presente em diversos estudos nos últimos anos, na esperança de que esses períodos de trevas nunca mais se repitam. O livro A Inquisição no Rio de Janeiro no começo do século XVIII, de Gilberto de Abreu Sodré Carvalho, publicado pela Editora Imago, trata do assunto com sólida documentação. Sodré Carvalho, advogado e professor, iniciou as pesquisas há mais de 25 anos e mostra que “o sobrenome Abreu Sodré assevera o berço marrano e seus portadores se ramificam com muita gente originária da terra fluminense, como os de nome Sodré, Pereira, Silva Pereira, Sodré Pereira, Macedo Soares, Azevedo Sodré, Abreu Rangel, Rangel de Macedo, Sodré de Macedo, Azeredo Coutinho”.

O autor afirma que a Inquisição no Rio de Janeiro, no início do século XVIII, impossibilitou a estruturação de uma comunidade judaica. “Houvesse o retorno à Lei Mosaica, de tantas pessoas organizadas, comunitariamente, contaríamos milhões de judeus sefarditas no Brasil hoje. No meu sonho e gosto, eu seria um deles.” A atividade da Inquisição aumentou de 1580 a 1640, inclusive no período dos reis espanhóis – eram necessários os “estatutos de pureza de sangue” para o acesso aos cargos no governo. Entretanto, para a carreira religiosa, as exigências eram menores.

Muitos cristãos-novos em Portugal encaminhavam os filhos ao sacerdócio católico, o que proporcionava independência econômica, além de servir como proteção para a prática da fé mosaica pela família e pelo próprio sacerdote. Havia ainda a possibilidade de possuir terras e engenhos no espaço colonial luso-americano, como também de obter mercês régias, que mascaravam o marranismo.

A obra de Sodré Carvalho, além da documentação detalhada, bibliografia abrangente e consulta a pesquisadores, como Anita Novinsky, Alberto Dines, Paulo Valadares, Faiguenboim e Campagnano, Wiznitzer, Lina Gorenstein, entre outros, prende a atenção pelo estilo fluente. Sodré Carvalho nos contou que quando completou 13 anos, a idade da “maioridade” judaica, sua avó, carinhosamente, aconselhou que, nessa nova etapa da vida, tivesse mais responsabilidade – não era mais uma criança. Comentou ainda que era costume, em sua família, escolher a esposa cristã-nova em Portugal, pois à mulher cabia transmitir valores nos primeiros anos da criança. Referindo-se à concepção judaica em contraposição à cristã, o autor ressalta que o judaísmo é otimista, alegre e desinibido, ao contrário do catolicismo repressor, em que a carne é vista como fonte de todo mal. Lembra ainda que a língua hebraica conta com uma grande quantidade de sinônimos para “alegria”.

Sodré Carvalho estuda a formação de uma aristocracia açucareira marrana no Rio de Janeiro e sua derrocada, ocasionada pela Inquisição. Na genealogia de sua família, mostra que até Vasco da Gama foi um Sodré. E não se pode esquecer do grande historiador Nelson Werneck Sodré. Na sua conclusão, ele enfatiza que a pesquisa genealógica abre as portas para uma viagem ao fundo de nós mesmos. “Creio que todos os que lidaram com a pesquisa de suas origens ou conhecem de algum modo as suas raízes têm a mesma sensação de enriquecimento pessoal.”

*Léa Vinocur Freitag é professora titular da Escola de Comunicações e Artes (USP) e doutora em ciências sociais.

http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=5446&bd=3&pg=1&lg=