Thursday, April 28, 2011

CHUVAS DE ABRIL VOLTAM A CASTIGAR O RJ


Prefeito Eduardo Paes afirma que volume de água esperado para 40 dias caiu em 4h

Do R7 | 26/04/2011 às 05h58

A chuva não dá trégua e não bastaram as chuvas que solaparam a região serrana e nem os deslizamentos no morro do Bumba que matou e deixou centenas desabrigadas. Até que ponto seremos prejudicados pela falta de consciência do brasileiro de que o lixo deve ser jogado no lixo e as casas não devem ser construídas no pé dos morros?


“Como no ano passado, o mês de abril voltou a dificultar a vida da população e causar estragos no Rio de Janeiro. A cidade viveu uma noite de caos devido às fortes chuvas que colocaram o município em estado de alerta por volta das 21h30 desta segunda-feira (25). Quatro deslizamentos de terra e 78 chamados foram registrados pela Defesa Civil em áreas de risco, mas sem vítimas. De acordo com a Prefeitura, foi o quinto maior índice pluviométrico desde que as medições tiveram início no Rio, em 1997.

A zona norte do Rio foi a área mais afetada pelas chuvas ( tinha de ser na minha terra!). Muitos alagamentos foram registrados na região da Baia de Guanabara, na Tijuca, e em Jacarepaguá. Segundo o prefeito Eduardo Paes, os alagamentos foram inevitáveis, já que o volume de chuva registrado, acima dos 200 mm, era esperado para os próximos 40 dias, porém caiu em apenas quatro horas.

- Havia previsão de chuva mais leve. Pelo radar meteorológico não vinha com uma intensidade grande, mas as características mudaram. Na zona oeste, por exemplo, foi registrado um índice baixíssimo. Na zona sul também não está chovendo muito. Mas na região da Tijuca choveu o equivalente ao valor médio previsto para 40 dias.

O prefeito disse que sirenes foram acionadas no morro dos Macacos, em Vila Isabel, e em nove comunidades que ficam no maciço da Tijuca (Borel, Formiga, Chacrinha, Cotia, Arrelia, Encontro, Santa Terezinha, Dona Francisca e Cachoeira Grande) e confirmou ainda quatro deslizamentos, todos sem vítimas.

- Houve deslizamentos no JK, Borel, Andaraí e Chacrinha, todos sem vítimas, o que mostra que o alarme que está sendo tocado tem que ser respeitado até que a prefeitura informe que não há mais riscos. (...) Pedimos atenção a todos que moram e têm conhecimento das áreas de risco, e que todos busquem os pontos de apoio.

Água deixa ruas intransitáveis

A população que não se encontrava em áreas de risco, mas que tentava se locomover pela cidade acabou sofrendo com os alagamentos de importantes vias, como a avenida Francisco Bicalho, um trecho da Linha Vermelha (ambos localizados na Leopoldina), a Radial Oeste e todo o entorno da Praça da Bandeira e do Maracanã. Muitas pessoas ficaram isoladas, sem conseguir deixar suas casas, o trabalho, ou mesmo os veículos do transporte público.

Eduardo Paes reconheceu os problemas e pediu “paciência” à população que tentava chegar em casa. O prefeito ainda revelou que o governo municipal possui um amplo plano para solucionar os alagamentos na região da Praça da Bandeira e do Maracanã.

- A Praça da Bandeira é um problema histórico. Vamos fazer uma obra grande, financiada pelo governo federal, mas que ainda não foi iniciada. O acúmulo de chuva, infelizmente, deixa a Praça da Bandeira intransitável e isso acaba gerando transtornos em vários pontos da cidade.

Por volta das 2h desta terça-feira (26), a chuva diminuiu de intensidade, melhorando o fluxo de veículos em alguns pontos do Rio. Às 4h30, Eduardo Paes deu uma nova entrevista coletiva no Centro de Operações Rio, na Cidade Nova, no centro da capital, em que adiantou que a autoestrada Grajaú-Jacarepaguá continuará totalmente interditada durante todo o dia, devido a deslizamento de uma pedra na via, em frente ao Morro da Árvore Seca.

Região serrana também enfrenta chuva

A situação na capital fluminense assustou moradores da região serrana no Estado do Rio de Janeiro, castigada em janeiro por fortes temporais que destruíram Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e outros municípios. Segundo a Defesa Civil, choveu durante a noite em algumas áreas da Serra, mas sem forte intensidade.

Há um ano, chuvas causaram morte de 168 em Niterói

O mês de abril costuma trazer muitas chuvas para o Estado do Rio de Janeiro. Há 20 dias, a tragédia do morro do Bumba, em Niterói, região metropolitana do Rio, completou um ano. Na ocasião, casas foram soterradas e 46 pessoas morreram. Em toda Niterói o saldo de mortos chegou a 168 pessoas, com 7.000 desabrigados.

Os governos federal e estadual gastaram R$ 35 milhões na reconstrução do morro do Bumba, mas a prefeitura ainda não fez o mapeamento das áreas de risco de deslizamento na cidade.

Fonte: http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/chuvas-de-abril-voltam-a-castigar-o-rio-de-janeiro-20110426.html

Monday, April 11, 2011

O retrato da maldade


Esta é uma coluna que foi escrita por um colunista e da qual achei interessante e pertinente pôr aqui.

Leiam!!!!

Por Walter Hupsel . 07.04.11 - 19h34

Desculpem-me, esta é uma coluna escrita no calor do momento, da tragédia acontecida numa escola do Rio de Janeiro onde crianças foram covarde e brutalmente assassinadas. Não há palavras para descrever tamanho ato bárbaro, mas há de se buscar explicações, tanto para o assassinato em massa (sim, é necessário entendê-lo, mais que chamar o criminoso de psicopata) quanto para como ele conseguiu armas, munições e treinamento.

Mas não é sobre isso que quero escrever, e nem tenho conhecimento sobre o tema que me permita colaborar, de alguma maneira, com o debate. Meu foco é outro: a cobertura da imprensa.

Assim que soube do massacre pelo Twitter, corri pra TV para ter mais e melhores informações. Com muito bom grado obtive quantidade e não qualidade. Tive mais informações, mais informações inúteis e sensacionalistas. E olhem que faço parte de uma pequena parcela da população assinante de TV a cabo.

Não liguei a TV nos programas sanguinolentos do fim de tarde, nos quais os apresentadores gritam, gritam e gritam, mostrando imagens bizarras e pedem por mais sangue. Não, eu estava sintonizado num canal exclusivamente de notícias, em que elas seriam tratadas – acreditava eu – de maneira mais fria e analítica.

Ledo engano. Foi uma chuva de despautérios construídos imediatamente em cima da notícia, com a devida carga de sensacionalismo, desrespeito e oportunismo que, claro, muito mais reforça os estereótipos do que explicam a tragédia.

Jornalistas e “especialistas” buscavam qualquer explicação, qualquer uma, que pudesse explicar fato. Tentaram colar o rótulo de “ateu”, como se isso fosse mesmo premissa para ser um assassino. Um crime dessa magnitude só poderia ser praticado por alguém descrente, portanto, um monstro, não é mesmo? (Profundo desconhecedor da história, Datena disse hoje que “quem acredita em Deus não faz uma dessas.”)

Depois, mobilizando preconceitos, especulou-se que o criminoso fosse muçulmano. Quem mais além de um ateu poderia cometer tamanha barbaridade? Um muçulmano, claro! Afinal de contas, reza o preconceito, esse povo esquisito só pratica maldades no mundo. Obviamente que a isso segue a idéia de ser o massacre um “ato terrorista”.

“Ele era esquisito e estava com a barba muito grande”, falou a irmã de criação dele. Um jornalista conduz a entrevista: “Mas ele falou alguma coisa de religião… de muçulmano?”. A irmã meio que induzida, repete a idéia de ele era estranho e que falava estas besteiras de muçulmano. (Ouçam aqui).

Depois, especulou-se que era HIV positivo. Ateu, mulçumano e soropositivo. Independente de em qual dessas categorias o assassino se encaixasse, qualquer uma delas, a julgar pelo teor da cobertura, seria explicação necessária e suficiente para ele ter cometido o massacre. O ideal mesmo seria que ele fosse as três, simultaneamente.

Um especialista forense foi mais além e detectou, pelas roupas que o assassino vestia (coturno e calça verde) que deveria se tratar de um membro de organizações fundamentalistas… muçulmanas!!! Recrutado por estes grupos, ele foi escolhido pra ação porque tinha HIV e precisava se “limpar” no tal “ato terrorista”.

Pronto, simples assim. Em duas ou três horas de cobertura midiática, cercada de “especialistas”, o retrato feito. Encarnação da maldade. Mas se a realidade não se encaixa nestas teorias… quem se importa?

A tese está feita e divulgada a milhões de pessoas, estimulando preconceitos, espalhando desinformação e ódio. Mas, novamente, quem se importa?

Fonte: http://colunistas.yahoo.net/posts/10048.html

Carta de uma assassino


Por O Globo | Agência O Globo – qui, 7 de abr de 2011 15:16 BRT


RIO - O atirador Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, afirma, em uma carta que foi entregue pela polícia a jornalistas, que os impuros não poderão tocar seu corpo sem luvas. Na carta, ele diz que quer ser despido, banhado e seco após sua morte, quando deverá ter o corpo envolto em um lençol branco.

Confira os trechos da carta:

"Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu. Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida."

fonte: jornal de noticias via internet

* foto: casa do assassino

Massacre em uma escola em Realengo




Sei que a noticia ja está passada, mas acho válida expor aqui devido a comoção gerada por ela...
Ando muito ocupada esta semana devido a entrega de trabalhos da pós e Simpósios que participarei, dentre outras coisas, por isso as noticias devem vir com certo atraso, mas mesmo assim não deixarão de ser publicadas !!!!

A noticia se refere ao massacre as crianças que aconteceu em uma escola em Realengo na semana passada, mais precisamente na quinta-feira, dia 07/04/2011, e que deixaram lamentavelmente mortos feridos graves.

Rio de Janeiro, 7 abr (EFE).- Um dos 13 estudantes que ficaram feridos no tiroteio em uma escola do Rio de Janeiro morreu na noite desta quinta-feira, elevando para 12 o número de menores vítimas do massacre, informaram fontes oficiais.

A Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro informou que um menor de 13 anos, que estava internado no hospital Saracuruna na Baixada Fluminense, "não resistiu aos ferimentos e morreu".

A tragédia ocorreu nesta quinta-feira na escola municipal Tasso da Silveira, situada no bairro de Realengo, onde um ex-aluno, aparentemente desequilibrado, abriu fogo contra crianças antes de se suicidar. O massacre provocou o "repúdio" e emocionou a presidente Dilma Rousseff.

Dez meninas e dois meninos com idades entre 12 e 14 anos morreram. Outros 12 estudantes, que ficaram feridos, foram internados em diferentes hospitais da região e alguns permanecem em estado grave.

O atacante, identificado como Wellington Menezes Oliveira, de 23 anos, era um ex-aluno da escola e deixou uma carta na qual dava orientações sobre seu enterro, pedia perdão e demonstrava certo fanatismo religioso. EFE

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/sobe-12-n%C3%BAmero-crian%C3%A7as-mortas-escola-rio-janeiro-20110407-182413-022.html