Monday, January 11, 2010

Brasil está preparado para as mudanças do clima?





As violentas enchentes e asenxurradas durante o período oficial das chuvas vêm reforçar o que já é evidente. O Brasil não está imune às tragédias naturais e o Homem, cada vez mais, está invadindo o espaço da natureza.


Os deslizamentos de terra ocorridos na virada do ano deixaram 74 mortos na região de Angra dos Reis e Ilha Grande, no Rio de Janeiro e trouxeram à tona novamente, a discussão da ocupação irregular no país.

Especialistas, entre eles geólogos e meteorologistas, afirmam que hoje temos tecnologia suficiente para monitorar com maior precisão um evento de chuva em uma determinada área com 48 horas de antecedência, além de ter o conhecimento sobre as regiões historicamente mais suscetíveis aos altos índices pluviométricos.

Em novembro de 2008, outra tragédia devastou o Vale do Itajaí em Santa Catarina. Foram 800 milímetros de chuva em apenas um dia. Agora, em Angra dos Reis, foram mais de 430 milímetros em três dias. Nos dois exemplos, o volume de água foi extremamente superior às médias históricas e chamou a atenção.

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, o IPCC, classifica os dois casos como eventos extremos que se tornarão mais frequentes. Especialistas da área defendem que as regras de ocupação do solo terão de ser mais rigorosas. As construções de casas, estradas e pontes também terão de ser repensadas.

“Antes nós não tínhamos eventos dessa intensidade com tanta frequência, os projetos antigos não consideram este cenário”, afirma o engenheiro Francisco, Yutaka Kurimori, do Crea-SP.

Diante dos alertas, os órgãos de defesa precisam agir com rapidez. O planejamento e a prevenção ainda são nossas maiores falhas frente aos fenômenos naturais. Hoje, estima-se que 40 milhões de pessoas vivam em áreas consideradas de risco, segundo a organização não governamental Amigos da Terra. O risco não está apenas nas encostas, mas também nas várzeas dos rios.

Na periferia de São Paulo, bairros ainda vivem o drama das enchentes causadas pelo transbordamento do Rio de Tietê. O Jardim Romano e o Jardim Pantanal ficam em uma área de várzea e há três semanas as famílias convivem com a água suja que invadiu ruas e casas inteiras.

As destruições constantes causadas pelas chuvas, estão trazendo ao Brasil um problema que não mais poderá ser ignorado: os refugiados do clima. São milhares de pessoas que fatalmente um dia terão que abandonar suas terras por conta das cheias, riscos de deslizamentos e enchentes.


Fonte:

Apolo11 - http://www.apolo11.com/mudancas_climaticas.php?posic=dat_20100111-114441.inc

Friday, January 8, 2010

A História da Lapa


Apenas um bairro no Rio de Janeiro pode agregar variadas manifestações musicais sem ofuscar gêneros e artistas. O local é a Lapa, no centro da cidade, onde fica a emblemática obra dos Arcos da Lapa. Palco para o lirismo das letras do samba, os acordes do som do nordeste e a modernidade da música eletrônica, todos convivem em perfeita harmonia nos bares espalhados pelas ruas Mem de Sá, Riachuelo e Lavradio.

Desde o início da década de 50, a Lapa já era um dos principais pontos de referência da vida noturna da cidade. O local, com seus famosos cabarés e restaurantes, era considerado a “Montmartre Carioca”, freqüentada pela fina flor dos artistas, intelectuais, políticos e diplomatas. Daquela época até hoje, a Lapa continua a pulsar. A Prefeitura do Rio já restaurou boa parte do bairro, que manteve quase intacta a arquitetura original dos prédios do início do século, a principal característica do lugar. Visualmente, o local é um banho de história, abrigando os centenários Arcos da Lapa, o Passeio Público, a Escola Nacional de Música e a Igreja de N. Sra. da Lapa são verdadeiros ícones do Rio Antigo.

Mas é quando a noite cai que a Lapa mostra porque já se firmou como atração cultural da cidade. A Sala Cecília Meirelles, considerada a melhor casa de concertos de música de câmera do Rio, divide a rua com o bar Asa Branca, onde o malandro vai procurar música popular e forró. Bares como o Semente e do Ernesto têm a manifestação mais carioca do samba, o chorinho. Para os fãs de rodas de samba, as dicas são o Emporium 100 e o Rio Scenarium, que durante o dia funcionam como antiquários. Os mesmos estilos musicais invadem também o Carioca da Gema, a Casa da Mãe Joana e o Dama da Noite.
As batidas do house, techno e outras nuances modernas, além de shows de grandes artistas da MPB, encontram espaço na Fundição Progresso, e não raro, em eventos promovidos ao ar livre, usando sempre um dos arcos como teto e cenário para as performances.

Ainda na mesma Lapa, restaurantes como Nova Capela, Manoel e Joaquim e Bar Brasil garantem a noite oferecendo boa gastronomia. De fato, é nesse espaço multicultural que o carioca reencontra suas origens e o turista faz um passeio pela história num dos mais preciosos conjuntos arquitetônicos do Rio de Janeiro.



Fonte:

http://www.rio.rj.gov.br/riotur/pt/atracao/?CodAtr=1406