Friday, May 6, 2011

Mais um caso de violencia no Rio ....


Sentiremos saudades, amigo....


"Rio - ‘O mundo está cada dia mais perdido. Como estão as pessoas! Não sabemos quem anda na rua, quem se aproxima de nós’. As palavras em voz embargada são de um dos amigos do francês Raphael Ciryl Cristophe Chamirllararo, 30 anos, morto a facadas na noite de sábado, por um homem, quando saía de um prédio para fumar um cigarro, no Catete.

Carlos Menezes, amigo do francês, contou que, sem discussão ou briga, Carlos César Pereira Alves dos Reis, 56 anos, atingiu por trás a região lombar da vítima, que não resistiu ao ferimento e morreu a caminho do Hospital Municipal Souza Aguiar. O agressor está internado no Instituto Psiquiátrico Philippe Pinel, em Botafogo, sob custódia da Polícia Militar.

Raphael acompanhava uma reunião na Irmandade Doze Passos de Mútua Ajuda na Rua Silveira Martins, no Catete, quando saiu para fumar um cigarro com amigos. Enquanto estava na calçada, o francês foi golpeado por Carlos César, que, segundo as testemunhas, parecia estar atordoado. “Ele estava num surto psicótico, como aquele cara que surtou em Realengo. Portava duas facas enormes de churrasco nas mãos”, lembra a executiva Rejane Pessanha, amiga de Raphael.

O marido dela, Carlos, disse que viu quando o acusado feriu o amigo e ainda tentou atingir as outras pessoas que estavam perto. “Depois que todos correram e o Raphael agonizava no chão, ele (o acusado) voltou para o prédio. Um senhor que parecia ser o pai dele dizia: ‘Larga essa faca, meu filho’. A mãe dele apareceu e começou a se desculpar a Deus pelo filho ter matado alguém. Ela gritava: ‘Por favor não o machuquem, ele tem doença mental’. Um de nossos amigos conseguiu tirar as facas de suas mãos”, conta Carlos.

Raphael estava há oito anos no Brasil
Raphael estava no Brasil há pelo menos oito anos. Formado em Relações Internacionais, ele deixou a cidade de Saint Hélen, na França, para se dedicar aos estudos da língua portuguesa. “O grande sonho dele era fazer uma carreira acadêmica na literatura. Ele estava se preparando para começar o mestrado na UFRJ, em Letras. Era simples, amável e muito culto”, conta a historiadora Ana Carolina Huguenin, namorada de Raphael, há dois anos.

“Nos apaixonamos quando ele me deu aulas de francês. Passamos a tarde de sábado juntos e à noite ele foi ao encontro dos amigos para nunca mais voltar para mim”, lamenta.

O corpo do francês deve permanecer no Instituto Médico-Legal até amanhã, quando os pais de Raphael chegam da França para a liberação.
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fonte: http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/5/frances_morre_a_facadas_na_zona_sul_161497.html

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