Friday, December 31, 2010
Feliz Ano Novo a todos.....
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A todos os seguidores de meu blog..
Muitas felicidades, saúde, paz, amor e fartura nesse ano que se inicia...
Patricia Teixeira
Friday, November 26, 2010
No Rio, criminosos de facções rivais estariam unidos para promover um mega-ataque no próximo sábado, dia 27
Polícia captou ligações entre membros do Comando Vermelho e do ADA, segundo jornal. Governo admite possibilidade de acordo entre os criminosos
“O serviço de análise da Subsecretaria de Inteligência detectou que está havendo esse tipo de união de duas facções. Isso não quer dizer que o crime seja organizado, pois facção criminosa não é organizada”
José Mariano Beltrame, secretário de Segurança Pública
O governo do Rio de Janeiro prometeu endurecer a ação contra os criminosos que promovem, desde domingo, uma onda de ataques em todo o estado. E a reação dos bandidos promete ser dura. Traficantes de facções rivais estariam unidos para promover um mega-ataque no próximo sábado, dia 27, de acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
Os planos dos criminosos foram descobertos pelos serviços de inteligência da Secretaria de Segurança do Rio por meio da interceptação de conversas entre os traficantes. De acordo com o jornal, os diálogos revelam planos de ataques contra as sedes dos governos estadual e municipal, além do lançamento de explosivos em áreas de grande circulação, como pontos e ônibus e shopping centers na zona sul. Os bandidos estaria planejando até mesmo ações contra familiares do governador Sérgio Cabral.
Em entrevista na tarde de terça-feira, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, admitiu que há indícios de que membros do Comando Vermelho, cuja principal área de atuação é o Complexo do Alemão, e da facção criminosa Amigo dos Amigos (ADA), que chefia o tráfico na Rocinha, estariam unidos com o objetivo de desestabilizar a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no estado.
De acordo com reportagem do jornal O Globo, a polícia investiga informações de que 100 homens do Comando Vermelho estejam na Rocinha com o objetivo de dificultar uma possível ação do Bope na favela para a implantação de uma UPP. Os traficantes já teriam estocados pneus para serem incendiados e dificultar a visibilidade dos policiais.
Segundo a Folha de S. Paulo, no final de semana, um grupo de criminosos da Rocinha teria pernoitado no Alemão para negociar com Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, e Fabiano Atanazio da Silva, o FB, chefes do tráfico na favela e na Vila Cruzeiro uma ação conjunta para desafiar o governo. “O serviço de análise da Subsecretaria de Inteligência detectou que está havendo esse tipo de união de duas facções. Isso não quer dizer que o crime seja organizado, pois facção criminosa não é organizada”, disse Beltrame na terça-feira.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/faccoes-rivais-estariam-unidas-para-promover-um-mega-ataque-no-sabado
Para ex-Bope, UPP funciona e Rio vive "agora ou nunca"
Por Dayanne Sousa
O ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e roteirista dos dois filmes Tropa de Elite, Rodrigo Pimentel diz que o Rio de Janeiro passa por um momento de "agora ou nunca" na reação à onda de violência dos últimos dias. "É um momento único na história do Rio de Janeiro", diz otimista. Crítico da repressão violenta ao tráfico, ele defende as invasões de favelas e policiamento nas ruas que foram intensificadas desde os ataques que começaram no domingo (21).
Pimentel reforça a declaração do Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, para quem os ataques são uma reação de traficantes ao processo chamado de pacificação das favelas. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) se instalaram de forma permanente em favelas da capital carioca e, para Pimentel, diminuíram o poder do tráfico.
Um dos autores do livro Elite da Tropa, Pimentel e sua experiência no Bope inspiraram a criação do personagem capitão Nascimento, dos filmes. Lembrando de sua atuação na polícia, ele ressalta:
- Quando eu era da polícia, eu tinha a nítida sensação de estar enxugando uma pedra de gelo. Eu nunca fui otimista em 12 anos de polícia e hoje eu sou otimista... Se isso aí não fizesse parte de um pacote mais completo de segurança, eu diria que é a repetição de um ciclo que a gente já conhece. Mas não é isso.
Leia a entrevista na íntegra.
Terra Magazine - Você acha que esses ataques são coisa de "traficante emburrado", como disse o Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame?
Rodrigo Pimentel - É evidente que é. As ações de terror que visam à promoção do medo e do pânico, de muita visibilidade e que não tem intenção nenhuma de lucro, são ações de terror. São ações de reação não só às UPPs, mas a toda a política de segurança pública do Estado. A UPP é, sim, o carro chefe, é o que está dando mais prejuízo para o bandido. Mas veja só... desde que o governador Sérgio Cabral assumiu, além da pacificação, tem também o encaminhamento de bandidos para fora do Estado. Tem ainda o indiciamento e investigação de familiares de presos. Os familiares que enriqueceram ilicitamente estão sendo investigados e denunciados pelo Ministério Público. Isso provoca no tráfico revolta. Todo mundo dizia que essa UPP era esquisita porque os bandidos não reagiam. Taí a prova de que não era nada esquisito. A UPP é realmente eficaz e tira o território do tráfico. A reação é essa aí...
As UPPs foram implantadas como um contraponto ao policiamento que combate o tráfico com mais violência. Mas aumentaram o policiamento nas ruas e as operações do Bope em favelas. A polícia divulgou nesta quarta que já foram mais de vinte mortos nessa reação aos ataques. Não corremos o risco de regredir?
É importantíssimo isso. Não é a volta da política de enfrentamento. Na verdade é uma consolidação da UPP. O governo do Estado persegue a pacificação como um caminho mais viável e mais inteligente como a única política de segurança pública do Estado - porque até então não havia nenhuma. Se existe uma reação dos traficantes a essa política de pacificação, é evidente que você tem que estancar essa reação. E para estancar essa reação, é operação em favela, sim!
Isso seria momentâneo?
Eu sempre fui um crítico desde tenente, de capitão... Eu sempre fui um crítico contundente da operação em favela. Eu sempre achei uma ação desnecessária e ineficaz, que não tinha o menor motivo. Porque você entrava na favela e saía. E aquilo não tinha fim nunca. Aí surge a UPP que entra na favela e permanece. De fato, funciona. Mas essa política de enfrentamento momentânea é para estabelecer e consolidar o processo de pacificação. Os marginais estão saindo de favelas já identificadas para efetuar pânico no Rio de Janeiro. Para queimar ônibus, matar pessoas... Então a polícia tem sim que invadir esses redutos e tomar esses traficantes. Tem que criar uma zona de desconforto para que eles não possam mais operar essas ações. Além de intensificar o policiamento nas ruas, a polícia tem que voltar às favelas e atacar esses redutos, esses sujeitos. Não tem jeito. É um caminho sem volta. É agora ou nunca. O Estado não pode ser refém, não pode se ajoelhar, não pode recuar um milímetro.
A população não sofre com isso?
Isso não é uma vontade do governo do Estado, não. É uma vontade da população. Todas as pessoas nas ruas estão solidárias às ações da polícia. Nós vamos viver no Rio de Janeiro nos próximos cinco ou seis dias, um pouco de medo, de estresse em sair à noite, de preocupação com o filho na escola. De "será que eu posso ir à faculdade porque a minha aula termina a noite?". Nós vamos viver um desconforto nos próximos dias, mas se for isso o preço para que a política de pacificação funcione, que seja pago. Está muito claro que isso é um momento. Não é uma política para sempre. É um momento. A política é a pacificação. O que a gente está vivendo agora é um momento importante para a pacificação.
Isso não pode virar um ciclo de ataques de traficantes e reações mais ostensivas da polícia?
Não. Na queda de braço com o Estado, o Estado ganha. Com todos os traficantes que o Comando Vermelho dispõe no Alemão e no complexo da Penha, o Estado já provou que consegue entrar lá. Então, nessa queda de braço quem vai sair perdendo é o traficante. E perde várias vezes. Perde porque a Justiça já entendeu que ele não pode mais ficar no Rio. Ele é uma ameaça à sociedade cumprindo pena aqui. Ele perde em cumprir pena num lugar mais distante, perde em ter seu reduto atacado pela polícia... Sinceramente, eu sou otimista. Se isso aí não fizesse parte de um pacote mais completo de segurança, eu diria que é a repetição de um ciclo que a gente já conhece. Mas não é isso.
Sobre a prisão em outros Estados, o secretário Beltrame informou que há indícios de que a ordem para os ataques tenha vindo do traficante Marcinho VP, de um presídio no Paraná...
Sim, você tem ataques que vieram do Paraná. Mas vieram em função de prerrogativas que os presos possuem no Brasil, de visita a vítimas, acesso a advogados e tal. Uma forma punitiva para eles agora é que eles sejam retirados do Paraná e sejam enviados a um presídio mais longe. Nesse intervalo, eles vão perder semanas de acesso a advogados e a familiares. E isso já descordena as ações reativas desses bandidos.
As UPPs estão instaladas, em sua maioria, na Zona Sul enquanto que investigações apontam que esses ataques estão vindo de outras regiões, da Zona Norte. O processo de pacificação não precisa ser expandido?
É. A UPP começou na região hoteleira da cidade, na região mais nobre e que tem potencial turístico. E isso é evidente em qualquer lugar do mundo. Não é privilégio para os ricos, até porque a UPP beneficia ricos e pobres. A UPP começou na região de Ipanema, Copacabana e Leme. Depois ela foi expandida. Ela já chegou, sim, à Zona Norte. Toda a região da grande Tijuca - que é um bairro de classe média - já está pacificada. E agora ela avança para uma região mais pobre. Já começou no Morro do Macaco, já entrou para o Morro do São João e está caminhando para o Morro da Matriz. Ela já está avançando para uma região... Agora, está longe do subúrbio da Leopoldina ainda, que é essa região que estamos falando da Penha. Está longe, mas ela vai chegar lá. Tanto vai chegar que a reação do bandido é em função disso. É o medo da aproximação da UPP do seu domínio territorial.
Entendo...
Deixa eu falar uma coisa. Eu nunca na minha vida deixei de criticar a política de segurança pública. Eu cheguei onde cheguei onde cheguei - no filme Tropa de Elite, no livro Elite da Tropa - porque cheguei criticando. Mas esse momento que eu vivo hoje da minha vida é um momento único na história do Rio de Janeiro. Eu não tenho nenhuma ligação partidária com o Sérgio Cabral. A gente tem que fazer uma opção: Essa porra tem que dar certo! Se isso não der certo minha amiga... Nós já testamos vários remédios e nada funcionou. O que a gente não testou ainda é a ocupação territorial permanente. Estamos testando e está funcionando. É necessário.
Já que você destaca esse seu posicionamento crítico, o que mudou desde o seu tempo na polícia?
Quando eu era da polícia, eu tinha a nítida sensação de estar enxugando uma pedra de gelo. A gente matava bandido e invadia favela sem ter uma luz no fim do túnel de melhora. Hoje em dia, fora da polícia, eu vejo com muito otimismo o futuro do Rio de Janeiro. Então essa é a melhor mudança. É o otimismo. Eu nunca fui otimista em 12 anos de polícia e hoje eu sou otimista. E olha que eu sou muito mais crítico agora do que eu era anteriormente.
Fonte: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4810286-EI6578,00-Para+exBope+UPP+funciona+e+Rio+vive+agora+ou+nunca.html
Violência no RJ: Confederação criminal favorecida pelo sistema penitenciário quer destruir UPPs
1. Do interior dos presídios saíram as ordens para os ataques violentos e espetaculares que estão sendo executados no Rio de Janeiro: arrastões, explosões de bombas, incêndios de veículos automotores, roubos etc, etc.
Os ataques foram iniciados há dois meses e crescem em progressão aritmética.
Líderes encarcerados de duas organizações criminosas — Comando Vermelho (CV) e Amigo dos Amigos (ADA) — fizeram chegar, com visitantes na função de pombos-correios, ordens para, por ações rápidas como nas guerrilhas, difundir medo na população, desmoralizar as forças de ordem e abrir caminho para um acordo com o governo do Estado.
O Estado do Rio de Janeiro possui, como o de São Paulo, organizações pré-mafiosas. Associações delinquências especiais que buscam o controle territorial e social.
No Rio, essas duas organizações criminosas conseguem se unir, como se percebe no momento, numa confederação criminal. E as milícias paramilitares, que também têm controle de território e social, dão apoio velado porque muitos dos seus membros são policiais.
Antes rivais, o CV e ADA juntam-se para enfrentar o Estado. E o fazem como represália à política de implantação gradual das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). As UPPs, até agora, conseguiram, embora de forma lenta, reconquistar território e retomar o controle social nos morros do Rio de Janeiro. Por evidente, essas retomadas geram prejuízos financeiros para as organizações, cujo lucro é a sua única ideologia. Mais ainda, geraram, como esperado, a migração para outras localidades.
A formação dessa confederação criminal tem por meta evitar a expansão das UPPs.
Com os ataques, uma tática nada original em termos de organização de matriz mafiosa, a CV e o ADA, que já sentem o desfalque nos seus cofres de lucros ilícitos, pretendem abrir caminho para negociações com as autoridades estaduais, de modo a aliviar a situação prisional de líderes de facções e recuperar lucros com as drogas perdidos nos pontos de oferta.
2. O calcanhar de Aquiles com relação às UPPs está na falta de uma adequada política penitenciária nacional e num sistema prisional marcado pela entropia.
Não existem políticas ou planos de segurança pública que consigam dar tranquilidade social quando os líderes de organizações criminosas continuam a dar ordens de presídios e cadeias, que são recebidas pelos operadores criminais das bases.
Em São Paulo, o Primeiro Comando da Capital (PCC) já deixou o governo de joelhos e a população abandonou os postos de trabalho para se refugiar nos domicílios. Os ataques do PCC obedeceram a ordens saídas dos presídios e desmoralizaram a política de segurança pública do governador Geraldo Alckimin: a “herança maldida” foi deixada para o governo tampão do professor Cláudio Lembro.
Como todos sabem, muitos dos presídios estaduais são controlados por organizações criminosas. Em São Paulo não se consegue implantar um sistema capaz de bloquear celulares. E no Rio e em São Paulo os presos se dedicam livremente a simular sequestros, por telefone. Esse tipo de engodo, com milhares de ligações, alcança sucesso quando, do outro lado da linha, estão pessoas idosas e crédulas.
No combate à Máfia, o primeiro grande passo foi tipificar, no Código Penal italiano (art.416-bis), essas organizações especiais, que são distintas de meras quadrilhas e bandos (art. 416, caput).
O segundo passo foi emendar o Código Penitenciário (art. 41 bis) de modo a isolar os chefões presos e efetivamente impedir que enviassem ordens. Para se ter idéia, as visitas eram filmadas e gravadas. Um vidro separava o visitante do preso visitado. Mais, a polícia penitenciária cuida da fiscalização. Não só dos presos. Também dos agentes penitenciários e diretores, que poderiam ser corrompidos.
No Brasil, nunca tivemos um código penitenciário nem políticas exitosas. Não contamos com uma polícia penitenciária: temos a civil, estadual e federal, a rodoviária, estadual e federal, a militar estadual e, até, a ferroviária federal. Não temos a penitenciária.
Wálter Fanganiello Maierovitch
Fonte: http://maierovitch.blog.terra.com.br/2010/11/24/violencia-no-rio-confederacao-criminal-favorecida-pelo-sistema-penitenciario-quer-destruir-upps/
Wednesday, November 10, 2010
Suburbio Carioca
Ao enfrentar omissões e esquecimentos, o livro rompe com dicotomias repetitivas (favela × asfalto, centro × periferia), abrindo a percepção do leitor para a dinâmica social subjacente a paisagens rotuladas como secundárias ou como destituídas de simbologias relevantes. Com essa abertura da percepção, emergem outras representações sociais, correspondentes a outros relatos e fios condutores da história da cidade.
Com esses fios e relatos, conjugam-se, nos textos aqui reunidos, práticas sociais e usos do espaço em direção a um imaginário urbano plural e historicamente informado. Para a afirmação desse imaginário, 150 anos de subúrbio carioca traz o resultado de competentes pesquisas documentais, além de conceitos, imagens e mapas. Esses elementos traduzem-se num convite para que o leitor ultrapasse fronteiras físicas e discursivas, elaborando seu próprio roteiro para uma visitação – efetiva ou apenas sonhada — a outras faces da cidade, recuperando ideários perdidos, territorialidades omitidas e dimensões esquecidas do cotidiano.
Esse convite expressa uma necessidade do presente, já que corresponde ao enfrentamento de mecanismos responsáveis pela desqualificação de recursos materiais e culturais que podem favorecer a projeção de futuros mais íntegros e generosos.Dar visibilidade ao passado significa dar sentido à experiência urbana, às lutas diárias e aos afetos, tornando essa disputa mais igualitária e justa. Os autores assumiram essa tarefa e percorreram, em sua realização, caminhos plenos de enredos e bifurcações. O leitor dispõe, agora, de uma cartografia aberta, composta por memórias, que o anima à descoberta da riqueza do espaço vivido.
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Quando os subúrbios eram arrabaldes: um passeio pelo Rio de Janeiro e seus arredores no século XIX
Almir Chaiban El-Kareh
Marechal Hermes e as (des)conhecidas origens da habitação social no Brasil: o paradoxo da vitrine não vista
Alfredo César Tavares de Oliveira; Nelson da Nóbrega Fernandes
A trajetória de um subúrbio industrial chamado Bangu
Márcio Piñon de Oliveira
Ferrovia e segregação espacial no subúrbio: Quintino Bocaiuva, Rio de Janeiro
Antônio José Pedral Sampaio Lins
A favela e o subúrbio: associações e dissociações na expansão suburbana da favela
Maria Lais Pereira da Silva
Outras memórias nos subúrbios cariocas: o direito ao passado
Laura Antunes Maciel
As representações subalternas dos homens suburbanos
Rolf Ribeiro de Souza
Rio, Zona Norte: um olhar sobre o subúrbio carioca
Luiz Claudio Motta Lima
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Lamparina
ISBN 978-85-98271-75-0Cód. barras 9788598271750
Brochura14×21cm256p.350g20101.
coed. EdUFF
R$ 30.00
Sunday, October 31, 2010
Dia do Saci
Quem é o saci:
O Saci-Pererê é um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro. Possuí até um dia em sua homenagem: 31 de outubro. Provavelmente, surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.
Porém, ao migrar para o norte do país, o mito e o personagem sofreram modificações ao receberem influências da cultura africana. O Saci transformou-se num jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira. Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana. Até os dias atuais ele é representado desta forma.
O comportamento é a marca registrada deste personagem folclórico. Muito divertido e brincalhão, o saci passa todo tempo aprontando travessuras na matas e nas casas. Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc. Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal.
Diz o mito que ele se desloca dentro de redemoinhos de vento, e para captura-lo é necessário jogar uma peneira sobre ele. Após o feito, deve-se tirar o gorro e prender o saci dentro de uma garrafa. Somente desta forma ele irá obedecer seu “proprietário”.
Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos. Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras.
A crença neste personagem ainda é muito forte na região interior do Brasil. Em volta das fogueiras, os mais velhos contam suas experiências com o saci aos mais novos. Através da cultura oral, o mito vai se perpetuando. Porém, o personagem chegou aos grandes centros urbanos através da literatura, da televisão e das histórias em quadrinhos.
Quem primeiro retratou o personagem, de forma brilhante na literatura infantil, foi o escritor Monteiro Lobato. Nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo, o saci aparece constantemente. Ele vive aprontando com os personagens do sítio. A lenda se espalhou por todo o Brasil quando as histórias de Monteiro Lobato ganharam as telas da televisão, transformando-se em seriado, transmitido nas décadas de 1970-80. O saci também aparece em várias momentos das histórias em quadrinhos do personagem Chico Bento, de Maurício de Souza.
Dia do Saci
Com o objetivo de diminuir a importância da comemoração do Halloween no Brasil, foi criado em caráter nacional, em 2005, o Dia do Saci ( 31 de outubro). Uma forma de valorizar mais o folclore nacional, diminuíndo a influência do cultura norte-americana em nosso país.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/musicacultura/saci-perere.htm
Friday, October 15, 2010
Comemoração em Homenagem ao aniversário da Estátua do Cristo Redentor
Do objetivo religioso à vocação turística
Em 70 anos, estátua do Cristo Redentor se transformou em ícone da cidade do Rio de Janeiro
Lá de cima do Morro do Corcovado entende-se porque o Rio é chamado de Cidade Maravilhosa. Uma vista deslumbrante espera os visitantes que sobem os 220 degraus em direção ao Cristo Redentor. Um monumento que foi construído com intenções religiosas, mas que acabou se tornando um ícone turístico. Além de servir de referência e inspiração para músicos, artistas e apaixonados pela grandiosidade e beleza da estátua, "de braços abertos para a Guanabara".
A reação de quem passa pelo cartão-postal é a mesma: admiração. A portuguesa Isabela Filardo, 37, de visita pela segunda vez à cidade, faz questão de repetir o passeio ao Cristo. "É o maior símbolo do Rio, tenho sempre que vir aqui", conta. O americano Ralph Williams, 27, se surpreendeu com a vista da cidade lá de cima. "É inacreditável". O paulista Marcello Lara, 24, fez coro: "Não imaginava que fosse tão alto, e que desse para ver a cidade inteira lá embaixo".
O fascínio que a vista do Cristo Redentor exerce em cariocas, brasileiros e estrangeiros começou no século VXI, quando os portugueses batizaram o morro de Pináculo da Tentação, um século depois rebatizado de Corcovado. Mas foi em 1859 que surgiu a idéia de construir uma estátua no local; o padre Pedro Maria Boss chegou ao Rio, se deparou com a beleza da vista do Corcovado e pediu recursos à Princesa Isabel para erguer um momumento religioso. Tudo bem de acordo com a moral católica do estado monárquico que éramos. Mas a "redentora" não abriu a mão, veio a República separando a Igreja do Estado, e o nascimento da estátua teve que ser adiado por mais uns anos.
A idéia da construção do monumento voltou à tona em 1921, para marcar a comemoração do Centenário da Independência do Brasil no ano seguinte. Era a oportunidade da Igreja firmar a causa do catolicismo no País. A intenção era fazer um monumento, em bronze, representando Jesus Cristo abençoando o Brasil, do alto do Pão de Açúcar. Reuniu-se a primeira assembléia destinada a discutir o projeto e o local para a edificação do monumento, e com ela surgiu também a primeira dúvida: disputavam o Corcovado, o Pão de Açúcar e o Morro de Santo Antônio. Venceu a opção pelo Corcovado, o maior dos pedestais. A pedra fundamental da construção do monumento foi lançada no dia 4 de abril de 1922. Quatro anos depois, as obras seriam iniciadas.
Através de um concurso, o engenheiro Heitor da Silva Costa (foto) tornou-se o responsável pelo projeto de construção do monumento. Para executar a maquete definitiva da estátua e estudar problemas de construção e de base, Heitor vai para a Europa, onde escolhe o arquiteto Paul Landowsky para desenvolver o projeto. Foi organizada, então, a Semana do Monumento - uma campanha para recolher contribuições dos católicos. As doações, no entanto, demoraram a chegar. O Cristo Redentor levaria quase cinco anos para ser concluído. O motivo de tanta demora? Somente entre os anos de 1924 e 1927 várias maquetes aperfeiçoaram o modelo inicial do monumento.
Em 1928, uma comissão de técnicos examinou estudos, projetos e orçamentos. A armação metálica foi substituída por uma estrutura de cimento armado, e a imagem assumiu a forma de uma cruz. Vários materiais foram cogitados para o revestimento da estátua, mas por fim foi escolhida a pedra-sabão, que embora seja seja um material fraco é extremamente resistente ao tempo e não deforma nem racha com as variações de temperatura.
Em 1931 não se falava outra coisa na cidade. A chegada e a montagem da estátua do Cristo Redentor e os preparativos para a inauguração do monumento são os assuntos preferidos dos cariocas. Durante toda a construção do cartão postal, de meados de 1926 a outubro de 1931, o Trem do Corcovado foi o responsável pelo transporte das peças e dos funcionários que trabalharam na obra. E chega o momento: o monumento do Cristo Redentor foi inaugurado no dia 12 de outubro de 1931, no alto do Morro do Corcovado.
O evento de inauguração (foto) teve a presença do cardeal Dom Sebastião Leme, do chefe do Governo Provisório, Getúlio Vargas, e de todo o seu ministério. Por iniciativa do jornalista Assis Chateaubriand, o cientista italiano Guglielmo Marconi foi convidado a inaugurar a iluminação do monumento, a partir de seu iate Electra, fundeado na Baía de Nápoles, na Itália. Emitido do iate, o sinal elétrico seria captado por uma estação receptora instalada em Dorchester, na Inglaterra, e retransmitido para uma antena em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, de onde seriam acesas as luzes do Corcovado. No entanto, o mau tempo no dia prejudicou a transmissão e o monumento foi iluminado diretamente do Rio de Janeiro. Nada que tirasse o brilho da ocasião.
O ato de consagração do monumento realizado por Dom Sebastião Leme deixou bem claro os objetivos da estátua: evangelização e retomada do poder da Igreja no Estado Republicano. "(...) esta sagrada imagem seja o símbolo do vosso domínio, do vosso amparo, da vossa predileção, da vossa benção que paira sobre o Brasil e sobre os brasileiros (...)". Mas, com o passar dos anos, a estátua transcende o simbolismo religioso para se tornar um ícone da cidade. Católicos ou não, todos se rendem à grandiosidade da obra que reverencia o Rio de Janeiro e é por ele reverenciado.
Fonte: http://odia.terra.com.br/especial/outros/cristo70/historia.htm
Wednesday, August 25, 2010
Será o fim do Jardim Botânico?
Acabei de receber esta msn em forma de e-mail e fiquei super indignada, tanto que achei melhor publicar aqui no meu blog!!!!
Precisamos fazer algo ....
Saibam o que está acontecendo, divulguem e ajudem a impedir esse absurdo!
O projeto de Lei 161/2009, que está para ser votado na Câmara de Vereadores,
declara como Área de Especial Interesse Social (AEIS), para fins de urbanização
e regularização fundiária, 19 núcleos (com 589 casas) e aproximadamente 3.000
habitantes instalados em terreno da União administrado pelo parque Jardim
Botânico, no Horto. Se o projeto for aprovado, corremos alguns riscos:
A comunidade receberá títulos de posse destas terras e, em cinco anos, serão
proprietários. Teremos, portanto, quase 600 propriedades espalhadas pelo parque
do Jardim Botânico. A criação da AEIS prevê a urbanização, construção de conjuntos habitacionais
para quem mora em área de risco, abertura e pavimentação de ruas, criação de creches, áreas de lazer e centros comunitários dentro do parque Jardim Botânico, tombado pelo IPHAN! Projeto semelhante, criando uma AEIS, foi aprovado no Parque da Cidade algum tempo atrás. Em menos de 10 anos essa Área de Especial Interesse
Social se tornou uma grande favela dentro do parque.
Já somos 6.732 contra o projeto de lei! Queremos 01 milhão.
Novamente solicito aos amigos do Jardim Botânico que divulguem o abaixo
assinado:
http://www.amajb.org.br/abaixo-assinado/
OBS: NÃO SOU CONTRA CENTROS COMUNITÁRIOS OU CENTRO HABITACIONAIS, CONTANTO QUE NÃO SEJAM INSERIDOS EM UM PARQUE COM TANTA HISTÓRIA E BELEZA QUANTO O JARDIM BOTÂNICO.....
Friday, August 20, 2010
Só para quem diz que só museu vive de passado: Feliz dia do Historiador (atrasado)
Dia do historiador: Dia de comemoração e luta
1ª Parte:
Para algumas pessoas, 19 de agosto é apenas o dia do historiador. Para outras é mais um motivo de luta para que a profissão seja regulamentada. Durval Muniz de Albuquerque Júnior, presidente da Associação Nacional dos Historiadores (Anpuh), convoca todos os interessados no assunto a se mobilizarem pela aprovação do projeto. O processo em prol da regulamentação está tramitando no Senado.
A luta pela regularização da profissão é antiga, começou em 1968. Sua primeira vitória foi a aprovação na Câmara dos Deputados, em março deste ano, após décadas de tentativas. Essa foi uma das razões que levou a Anpuh a realizar encontros regionais para debater a questão.
Fonte:
http://rhbn.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=3232
Saturday, June 19, 2010
Arquivos do Futebol
A internet preserva parte importante da memória do futebol brasileiro. Renato Venâncio revela os vídeos e documentos guardados online sobre a grande paixão nacional. Renato Venâncio
A história do Brasil do século XX, em grande medida, é a história do futebol. O futebol contribuiu para auto-estima de nossa gente, além de possibilitar a ascensão social de milhares de brasileiros pobres. Mais ainda, o esporte bretão gerou a imagem do herói popular e da “pátria de chuteiras” – na expressão de Nelson Rodrigues – como responsabilidade de talentosos afrodescendentes, em uma sociedade que durante séculos foi escravocrata e racista.
Com certeza, porém, nem tudo são flores nos gramados futebolísticos. A maioria dos jogadores, tanto no passado quanto no presente, ganha salários miseráveis. Os que ascendem socialmente, e eventualmente se tornam milionários do dia para noite, são frequentemente extorquidos por uma corte parasitária, formada em grande parte pelas midiáticas marias-chuteiras. Além dessas mazelas, a história brasileira da corrupção administrativa, da exploração e da trapaça, em muito é tributária de expressiva parcela de dirigentes de clubes e de empresários do ramo futebolístico.
Para o bem ou para o mal, não há como negar que o futebol tem muita história para contar. Apesar disso, as ações para se preservar a memória do esporte ainda são raras. O Museu do Futebol desenvolve um trabalho pioneiro. As instituições arquivísticas propriamente ditas, aparentemente, ainda não recolhem arquivos pessoais de jogadores brasileiros. Essa memória documental - constituída por cartas, anotações, fotografias, recortes de jornais etc -, salvo para um ou outro caso, em grande parte foi perdida.
O historiador interessado no tema conta com outros tipos de fontes documentais. A impressa futebolística praticamente nasceu junto ao futebol. O site da “Coleção Linhares” disponibiliza exemplares de jornais bastante antigos, como “O Foot-Ball”, de 1917, ou então a “Gazeta Esportiva”, de 1927 .
Através de milhares de páginas de outros periódicos desta coleção é possível conhecer os primeiros passos, ou chutes, de nossos atletas dos gramados. Outra fonte igualmente importante é o portal da FIFA, que reproduz vídeos de excelente qualidade. As origens dos jogos de bola também são contempladas com detalhadas análises. Quem gosta de estatísticas se deliciará nesse site. Além disso, é possível efetuar buscas livres, como no caso da pesquisa a respeito de “Garrincha”.
No Brasil, há a Futpédia. Outro acervo fenomenal é o do antigo canal de televisão Tupi, com centena de vídeos a respeito do futebol, referentes em sua maioria à década de 1960, devendo-se clicar no lado direito do mause para ver as opções de zoom e tela cheia. E, para quem considerada o futebol uma forma de arte, vale a pena conhecer as geniais pinturas de Rubens Gerchman.
Fonte:
http://rhbn.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=3082
Wednesday, May 12, 2010
Após 39 anos de briga, Canecão fecha as portas no RJ
Palco de shows memoráveis desde o fim dos anos 60, o Canecão foi lacrado anteontem por um oficial de Justiça em operação que teve o apoio da Polícia Federal (PF). Depois de 39 anos de disputa judicial com os donos da casa de shows, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conseguiu a reintegração de posse do terreno de 36 mil metros quadrados ocupado pelo Canecão.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da Justiça Federal, a decisão do juiz Fábio Cesar dos Santos Oliveira - da 3.ª Vara Federal do Rio, em cumprimento a acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF) - é "definitiva". Portanto, não haveria mais possibilidade de recurso. No entanto, o advogado do Canecão, Pedro Avvad, disse que vai recorrer.
"Estamos preparando um recurso para apontar o que consideramos falhas processuais. Espero fazer uma surpresa gostosa para o pessoal da UFRJ, que agiu com muita agressividade e violência", afirmou Avvad. Segundo o advogado, não houve resistência ao cumprimento da decisão. Por isso, ele criticou a presença de policiais. "A universidade, que sofreu repressão na ditadura, hoje está usando os mesmos meios", disse Avvad. De acordo com a UFRJ, foi necessário recorrer à PF porque o Canecão se negava a cumprir a decisão.
Para o reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, "não há possibilidade de acordo" com a casa de shows. "Fomos esbulhados durante esse tempo todo em que uma empresa de negócios se estabeleceu em terreno público, auferiu lucros e a universidade não teve nenhum benefício", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
FONTE:
http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24214283Wednesday, April 21, 2010
Quem foi Tiradentes?
Bom, como toda boa historiadora não poderia esquecer de pôr aqui, no post de hj, a vida de uma grande personalidade, desse grande líder que foi Tiradentes.
Quem foi Tiradentes?
Sabe-se que Tiradentes era apenas um apelido para líder da Inconfidência Mineira, ele se chamava, na verdade, Joaquim José da Silva Xavier. Nascido em Vila de São Jose Del Rei (atual cidade de Tiradentes, Minas Gerais) em 1746, porém foi criado na cidade de Vila Rica (atual Ouro Preto).
Exerceu diversos trabalhos entre eles minerador e tropeiro. Tiradentes também foi alferes, fazendo parte do regimento militar dos Dragões de Minas Gerais.
Junto com vários integrantes da aristocracia mineira, entre eles poetas e advogados, começa a fazer parte do movimento dos inconfidentes mineiros, cujo objetivo principal era conquistar a Independência do Brasil. Tiradentes era um excelente comunicador e orador. Sua capacidade de organização e liderança fez com que fosse o escolhido para liderar a Inconfidência Mineira. Em 1789, após ser delatado por Joaquim Silvério dos Reis, o movimento foi descoberto e interrompido pelas tropas oficiais. Os inconfidentes foram julgados em 1792. Alguns filhos da aristocracia ganharam penas mais brandas como, por exemplo, o açoite em praça pública ou o degredo.
Tiradentes, com poucas influências econômicas e políticas, foi condenado a forca. Foi executado em 21 de abril de 1792. Partes do seu corpo foram expostas em postes na estrada que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Sua casa foi queimada e seus bens confiscados.
Conclusão : Tiradentes pode ser considerado um herói nacional. Lutou pela independência do Brasil, num período em que nosso país sofria o domínio e a exploração de Portugal. O Brasil não tinha uma constituição, direitos de desenvolver indústrias em seu território e o povo sofria com os altos impostos cobrados pela metrópole. Nas regiões mineradoras, o quinto (imposto pago sobre o ouro) e a derrama causavam revolta na população. O movimento da Inconfidência Mineira, liderado por Tiradentes, pretendia transformar o Brasil numa república independente de Portugal.
Para saber mais: livros e filmes
Filme :
Os
BENTES, Ivana. “
BERNADET, Jean-Claude. “O
Fonte:
http://www.suapesquisa.com/tiradentes/
Wednesday, March 17, 2010
Passeata sobre os royalties do petróleo será realizada hoje no Centro do RJ
Este “post” que estou colocando aqui hoje serve além de divulgar a notícia que está sendo muito comentada nos jornais e rádios do Rio, também serve como um protesto para alertar a todos sobre o prejuízo que o Rio terá caso venha essa emenda for aceita.
Venho por meio deste e-mail enfatizar meu descontentamento perante a toda essa situação, mesmo não participando do evento “ao vivo e a cores”, estarei aqui divulgando minha indignação por mais uma “M” que nosso governo brasileiro irá cometer. Agora é lutar pelos direitos de nosso Estado e aguardar a decisão das autoriadades.
Todos que possam participar do evento, o façam por que só assim, lutando pelos direitos, que possamos conseguir o que é nosso!!!!!
Segue abaixo a notícia divulgada pelo site online da Band:
“O governo do Rio de Janeiro irá realizar uma passeata para protestar contra a emenda apresentada pelo deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), na tarde desta quarta-feira, no centro da cidade. A emenda modifica as regras de distribuição dos royalties do petróleo do Estado.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes decretou ponto facultativo dos servidores do Estado a partir das 15h de hoje. Na Baixada Fluminense, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, decretou ponto facultativo a partir do meio-dia. Com horários de metrô e barcas reforçados, a prefeitura orientou a Secretaria Municipal de Educação a liberar alunos e professores às 15h. A concentração será às 16h, na Candelária, de onde seguirá até a Cinelândia. Estão previstos mais de 150 mil pessoas para participar do protesto, dentre elas artistas, como a apresentadora gaúcha Xuxa Meneghel, Fernanda Abreu, Alcione, Toni Garrido e Neguinho da Beija-Flor também já confirmaram presença.
O site da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil) do Rio de Janeiro informa que a Justiça vai encerrar seu expediente no horário determinado para aderir ao protesto.
Emenda
A emenda criada pelo deputado Ibsen Pinheiro prevê a redistribuição dos royalties obtidos com a exploração do petróleo entre todos os Estados e municípios, com base nos fundos de participação.
Na prática, a emenda fará com que os Estados produtores - como o Rio, São Paulo e o Espírito Santo - passem a receber menos.
Com a mudança, o Estado carioca perderia cerca de R$ 5 bilhões e as cidades, no geral, perderiam cerca de R$ 2 bilhões.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, declarou no sábado que a Emenda Ibsen Pinheiro põe em risco a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. “
Fonte:
http://www.band.com.br/jornalismo/brasil/conteudo.asp?ID=277684
Friday, March 5, 2010
Rio de Janeiro será a cidade símbolo da edição brasileira da “Hora do Planeta”
Na sede dos Jogos Olímpicos de 2016, monumentos como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar terão suas luzes apagadas no dia 27
Sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro será a cidade símbolo da segunda edição brasileira da “Hora do Planeta”. O evento é um alerta contra o aquecimento global: no dia 27 de março, entre 20h30 e 21h30, a iluminação de vários monumentos e pontos-chave da cidade será desligada. A ação estimulará os moradores a também apagarem as luzes de suas casas.
Além do Cristo Redentor e da Praia de Copacabana, que tiveram suas luzes apagadas em 2009, serão desligados os refletores da Praia do Arpoador, da Igreja Nossa Senhora da Penha, do Pão de Açúcar e do Jockey Club Brasileiro. A prefeitura do Rio também vai levar a mensagem da Hora do Planeta para mais de 800 mil crianças de escolas da rede municipal de ensino.
A expectativa é que o movimento Hora do Planeta mobilize 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. No ano passado, 113 cidades brasileiras – incluindo 13 capitais – apagaram as luzes para ajudar a conscientizar as pessoas sobre o aquecimento global.
Fonte:
http://www.rio2016.org.br/pt/Noticias/Noticia.aspx?idConteudo=1140
Monday, March 1, 2010
Aniversário do Rio será comemorado na Cidade de Deus
Rio de Janeiro (O Repórter) - No dia 1º de março, quando a cidade do Rio de Janeiro comemora 445 anos de fundação, a comemoração pela data será dupla. A Prefeitura do Rio/Riotur, em parceria com a Globo-Rio e a Central Única de Favelas (Cufa), vai promover um show histórico na Cidade de Deus, Zona Oeste da cidade, para comemorar a nova idade do Rio e o clima de paz que impera na comunidade desde a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), em fevereiro do ano passado.
A noite de shows terá início às 18h e contará com grandes estrelas da música brasileira, como o baiano Gilberto Gil, que sobe ao palco, às 21h, para cantar ao lado de sua filha, Preta Gil. Além do ex-ministro, a programação contará ainda com a nova sensação da MPB, a cantora e compositora Maria Gadú, o rapper MV Bill e do grupo de samba Revelação. Os shows acontecerão no Campo do Karatê e a entrada é franca.
Show de Aniversário do Rio
Data: 1º de março, a partir das 18h
Local: Cidade de Deus, Campo do Karatê.
Shows com Gilberto Gil, Preta Gil, Maria Gadú. MV Bill e Revelação.
Entrada Franca
Fonte:
http://www.oreporter.com/detalhes.php?id=17364
445 anos de amor, ódio e esperança
RIO, DE CORAÇÃO
Quando te olho, Rio, esqueço-me de quem sou
E admiro tua paisagem forte,
De pesos e nuances tantas
Que o fôlego adquire um ar de nobre.
E esses teus mares, montanhas e céu invejáveis,
Tua Baixada e tua Zona Sul,
De tropeços tão únicos,
Que fazem de ti a desarmoniosa escultura
De um palco alvissareiro e elegante,
Que se estampa nas prateleiras
E esconde teus quintais.
Quando te olho, Rio, orgulho-me de tua acolhida.
E dentro deste peito uma coisa cresce certa,
Tal qual um assombro de ternura e vaidade.
Quando denuncias, de braços abertos,
Que és casa de boa conduta, tomada em doce canção,
E percorro tuas Linhas, sejam Amarelas, Verdes ou Vermelhas,
Que trazem aos visitantes a realidade das favelas.
Estas mesmas que decoram teus morros
E que, à noite, transformam-se em aquarelas luminosas.
E lá, do outro lado, por onde escorrem as Serras,
Não escondes as maravilhas que a ti pertencem Quando te olho, Rio, retrocedo em muitas infâncias
E enriqueço-me com tuas glórias e louvores
Que traçaram muitos rumos escutando teus lamentos
De Zona Oeste e Zona Norte, que complementam o labirinto
De onde muitos desconhecem valores ímpares
Da carioquice resguardada em velados preconceitos
De sua ruas, travessas, avenidas e estradas
Lagoas, riachos, florestas e toda a gente carioca
E nasce a pergunta que explode em tantos gritos:
"Quem pode te olhar com desdém,
Quando dois braços abertos
São os convites à elegância de tuas formas?"
Quando te olho, Rio, esqueço-me de quem sou...
Autora: Márcia Ribeiro
Estava tentando imaginar, fazendo uma volta no tempo, tentando me inspirar nas gravuras, rabiscos, mapas de época que povoam os museus lusitanos, e daqui. Tentando sentir o momento da descoberta vivido pelo navegador Gaspar de Lemos no dia 1º de janeiro 1502, ao encontrar montanhas esplendoras, uma floresta densa e verdejante, uma enorme baía de águas cristalinas, abraçada e emoldurada por grandes monolitos. Baía esta, que de tão grande foi confudida pelo navegador, que acreditar ser ali um rio, fato que o inspirou a batizar a então terra descoberta, como Rio de Janeiro.
De lá para cá, se passaram 445 anos de uma história rica com: corajosos homens que desbravaram estas terras cariocas; expedições que imortalizaram desde aquela época as paisagens que fascinam até hoje, a gente daqui e de todo o mundo. Foram inúmeras invasões; batalhas pela posse da terra com estrangeiros e índios; o enforcamento do herói inconfidente Tiradentes; o acolhimento da Família Real, então em fuga de Portugal por causa de Napoleão; a transformação da província em sede do Império Português.
E os momentos marcantes que essa cidade viveu, que estão nas páginas da história e da vida dos brasileiros, não param por ai, somam-se ainda: a tão esperada Abolição da Escravatura; a Proclamação da República; a Era Vargas, que culmina com seu suicídio no Catete; o apogeu e adeus a mais carioca das portuguesas, a imortal Carmem Miranda; a eleição de JK, que daria início, há certamente um dos fatos que marcou e ainda marca esta cidade, inclusive com sequelas, a transferência da Capital Federal, do litoral para o Centro-Oeste.
O Rio ainda viveu e foi palco da luta popular e política contra a Ditadura Militar; vibrou com os grandes comícios das Diretas Já; e viu o país se redemocratizar.
O Rio viveu momentos mágicos na cultura que imortalizaram a cidade e seu modo de ser através dos contos de Machado de Assis; da poesia de Noel; da música de Cartola e Pixinguinha; do balanço da Tropicália; e do marcante nascimento da Bossa Nova, com a palavra os mestres Tom e Vinícius.
O Rio não é só carnaval, não é só futebol, é mais que tudo isso.
É muito além, de ser uma das mais famosas esquinas do mundo. É uma grande coxa de retalhos de vários brasis. Uma mistura de gente de todos os cantos, que se mistura com a mais pura e inteligente criação da natureza.
O Rio é como seu maior símbolo.
Está de braços abertos para acolher a todos, convidando-os para juntos contemplar essa “Maravilha de Cenário”, como já dizia os versos do sambista Silas de Oliveira.
Parabéns a querida Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Simplesmente Rio…
Fonte:
http://diariodorio.com/um-rio-de-445-anos-de-histria/
http://www.almacarioca.com.br/historia.htm